FLIP lança primeiro EP Visual “CORRE”
No projeto musical e audiovisual, FLIP navega em sua relação com Belo Horizonte e nos prazeres e dores das vivências de juventudes dissidentes da capital mineira.
Figura ascendente na cena musical belorizontina, multiartista FLIP apresenta seu primeiro EP visual: CORRE. Com influências musicais no pop, funk, e R&B, o projeto, com produção musical de Black Josie, conta com quatro faixas autorais – – acompanhadas por respectivos visuais. O projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
No EP, FLIP mergulha em diversas temáticas, como amor, prazer, perda, dor e liberdade, inspirada pelas vivências e visões como artista preta LGBTQIAPN+, e pela perspectiva da juventude dissidente – divergente das normas e padrões da brancura e da identidade de gênero cisheteronormativa – e que vive e ocupa a cidade.
“CORRE” vem da gíria homônima utilizada pela juventude belorizontina para descrever alguém que continuamente batalha para sobreviver e conquistar objetivos.
Os clipes, lançados em sequência, contam sobre a personagem FLIP em seu processo de autoconhecimento e pertencimento na cidade de Belo Horizonte, que parece abraçar e repelir seu corpo em uma medida ambígua. A história começa de forma romântica e agridoce em sua cidade interiorana na faixa “Nada Vai Mudar”; migra para uma Belo Horizonte festiva e sensual em “Pode”; até se tornar cinza e introspectiva frente os desafios do corre em “Sem Tempo Pra Chorar”, música com participação do cantor e rapper Imane Rane.
Tanto o processo de composição quanto a criação dos visuais são influenciados pela forte relação de FLIP com o cinema e o teatro. FLIP protagonizou a série Sou Amor, com atuação premiada no 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema; e integra o elenco do primeiro longa dirigido por Grace Passô, “Amores 1500”, dentre outros projetos cinematográficos.
Para FLIP, que também assina a direção geral do projeto, “a criação em outros formatos, especialmente o visual, amplia a narrativa e apresenta outras formas de adentrar os universos criados nas músicas, e eu gosto de abordar a música como essa experiência completa. Não só o som, mas também a imagem, um cheiro, uma lembrança”, comenta.
Os visuais estão disoníveis no canal de FLIP no Youtube.
O EP já está disponível nas principais plataformas de música, e pode ser escutado clicando aqui.
Show de Lançamento
Celebrando o lançamento, FLIP apresenta Sem Tempo pra Chorar, formato inédito de show que traz obras autorais e releituras especiais de histórias de amor, sonhos e crescimento. Para fazer dançar antes e depois do show, Bella Melina e Pedro HBS, talentos de BH, trazem sets com o melhor do reggae, R&B, funk e afrobeats! O show é dia 19 de setembro, às 20h no Spot Culture (Rua São Paulo, 978, Centro- BH/MG). Ingressos aqui!
Sobre FLIP
FLIP é artista musical da cena belorizontina. Sua sonoridade e visualidade pop buscam referência nas culturas preta e queer. O trabalho da FLIP propõe uma experiência musical que mescla também moda e audiovisual para criar um universo próprio e convidar as pessoas a habitarem e experimentarem a liberdade de ser quem são sem arrependimentos.
A trajetória na música começou cantando na igreja, no interior de Minas, em Cataguases. Saindo do meio religioso, FLIP se abriu para o mundo após mudar-se para a capital para estudar na UFMG. Foi quando abraçou o sonho de cantar e iniciou sua carreira musical.
Mais da jornada
Em 2021, lançou o primeiro single, MEU NEGO, em parceria com a cantora Michele Bernardino.
No mesmo ano, também colaborou com Yukáh no single “FLUXO“.
De lá pra cá, já apresentou no Projeto Artíficio, fez participação no Tranquilo BH, cantou em diversos espaços culturais e lançou seu primeiro single solo, “Insaciável”.
Em 2023, FLIP lançou o segundo single, Volta, participou do Sarau Minas Tênis, com uma homenagem ao inesquecível Dorival Caymmi, integrou o line-up do Festival @bsurda e da Mostra Olhares.
Lançou a segunda coletânea Dejavu Sessions, com versões de faixas que marcaram o coração da música popular brasileira.
Em 2024, FLIP abriu caminhos com os singles “Como Abraçar o Mar?” e “Nada Vai Mudar” como prenúncio de seu primeiro EP Visual, “CORRE”.
Em suas composições, FLIP dá voz às afetividades e vivências, olhando com sensibilidade e autenticidade para a juventude negra e dissidente. Com frescor e criatividade, conquista cada vez mais espaço para apresentar seu trabalho, emergindo como uma promessa no cenário musical belorizontino.